Na tentativa frustrada de fazer um programinha cultural ontem, acabamos eu e minha impaciente família, retornando à nossa habitual nostalgia.
Uma tarde de sol. Um calor suportável. Suportável pelo menos para nós que por mais um almoço de sábado, tentávamos nos comunicar de uma maneira natural, como qualquer família reunida numa mesa de refeições.
Uma casa linda, um jardim bem cuidado e um acervo pequeno perto do que algum dia, existira ali. Museu da Casa Brasileira. Residência que pertenceu a Fabio da Silva Prado ( 1887-1963), ex-politico brasileiro, sobrinho do ex-intendente de São Paulo Antonio da Silva Prado o imponente e arrogante Barão de Iguape e filho de Martinico Prado, um ferrenho militante republicano; e sua esposa Renata Crespi.
O casal ficou conhecido, dentro de diversos feitos pela cidade de São Paulo, por seu interesse pela cultura e pelo social.


Acredito vir também daí, o meu borbulhante interesse pelo cultural.
A incontestável herança genética, pois, afinal de contas, não carrego muitas misturas, a considerar que sou neta do sobrinho de Fabio.
Martinho Penteado da Silva Prado, meu bisavô, dos Silva Prado, o sexto Martinho. Martinho da Silva Prado Netto, meu avô, o sétimo, que foi casado com Maria, minha avó, que mesmo com setenta e alguns anos, não se esqueceu das maravilhas as quais brevemente narrou-me ontem, à respeito do que viveu na casa de Fabio.
'' Um senhor barrigudo e muito amável, marido de uma anfitriã e tanto. A casa, diferente de hoje era toda iluminada e diversos funcionários, vestidos a rigor passeavam pelos incontáveis quartos e corredores esperando o momento de servir o que fosse talvez, a última refeição do dia.
A mesa de jantar era imensa, com cadeiras vermelhas de espaldar enormes que carregavam encravadas em seu centro, o brasão da família. Sentados cada um em uma ponta da mesa, os patrões faziam sentir-se ali, como rei e rainha.
Sem contar as camas dos quartos. Camas com docel, os famosos mosquiteiros, como as dos castelos medievais.
E mesmo com toda essa pompa, não deixavam de ser agradáveis e carinhosos.''
Até que para um almoço de sábado, a princípio comum, este rendeu-me esse post e um livro lindo que adquiri logo na saída.
Se ainda não visitaram, não deixem, pois a casa é rica e o restaurante delicioso. Um almoço no jardim. Ideal para uma tarde tranquila!
www.mcb.sp.gov.br
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