quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
Pra falar de amor.
Porque todo mundo que fala de amor acha que é preciso estar no gerúndio? Quem foi que disse que é preciso estar amando? Não. Para falar de amor basta abrir a boca. Na verdade, para falar de amor é preciso menos ainda.
Quantas pessoas você não conhece que nem sequer coração tem, mas tem o dom da oratória? Com uma perspicácia incrível escolhem palavra por palavra, cheios de razão e emoção zero, até o primeiro idiota acreditar. Quantas vezes eu já me peguei acreditando, sem acreditar. Não quero ser incrédula ao sentimento alheio, mas as pessoas tem tratado sentimentos como algo fugaz, mesmo sem maldade, descartando pessoas como objetos. O show não é para sempre meu caro, isso definitivamente não se faz, mesmo porque, acredito que saiba por experiência própria que o ibope não dura uma vida. Pelo menos não no meu mundo. Quando os aplausos e a procura cessam, saem na busca, desesperados, pelos sentimentos dentro daquelas palavras que citaram anteriormente e a surpresa: carregam vícios e mais vícios na esperança de suprir o rombo existente. Atire a primeira flor quem nunca passou pelo ridículo. Atire todas as flores que você já deu. Nessa sociedade descartável, estamos todos dançando conforme a música. Inclusive eu. Inclusive você. Não, para falar de amor não é preciso ter boca, é preciso ter coração.
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