Foi olhando nos teus olhos, olhando seu reflexo que percebia o quanto era intensa. Aquela simples experiência, despida de influências que lhe trouxeram toda a fluidez da transparência. Uma transparência que a alma vestida protege-se sem perceber. Quantos minutos teria para se encarar? Quanto tempo aguentaria encarar-se em frente ao espelho, espelho dos seus próprios olhos?
E assim, como ele sugeriu, despida de toda a futilidade, que naquele dia, passou quase uma hora em frente ao espelho, nua, olhando somente em seus próprios olhos, sentindo toda a dor e angústia de um corpo que pedia amor, descobrindo o quanto ainda tinha o que mostrar.
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